sábado, 17 de outubro de 2009

SEGREDOS DA FÁTIMA - OS RODEOS

Muita gente se questiona sobre a razão que levou o Bloco de Esquerda a referir expressamente no seu programa eleitoral a proibição dos rodeos.
Ao contrário do que muitos pensam, os rodeos existiam e em grande número por esse país fora!. Só que eram apanágio das classes exploradoras, que organizavam rodeos privados nos seus salões nobres. E aí, entre orgias de champanhe, caviar e cocaína, os exploradores tentavam manter-se o maior tempo possível sobre uma vaca selvagem. (O record pertence a um gestor do BPN que conseguiu aguentar no lombo do toiro quase tanto tempo quanto o que o Presidente da República precisaria para demitir Dias Loureiro do Conselho de Estado, ou seja, uma eternidade menos 5 minutos).
E o Bloco de Esquerda não poderia nunca admitir a existência deste bárbaro espectáculo vedado a trabalhadores de multinacionais, minorias étnicas, mulheres trabalhadoras com historial de vários abortos criminalizados, portadores de deficiência e homossexuais! A todos esses explorados apenas restam como divertimento os shots na 24 de Julho, os shots à polícia nos bairros degradados e os shorts da Joana Amaral Dias.
Por isso o Bloco decidiu propor o fim dos rodeos!
E conseguiu!
Há mais de uma semana que não há um único rodeo em Portugal (se exceptuarmos os confrontos de Algés entre a arruada do PS e a arruaça do (primo) do Isaltino.
Agora, o que poucos sabem é quem foi o autor da proposta no programa eleitoral do BE.
A maioria poderá ser levada a pensar que a proposta seja da autoria de uma militante lésbica vegetariana, anorética, de face marcada pelo acne e que só se lava por baixo uma vez por semana para poupar esse bem tão precioso que é a água.
Enganam-se!
A Fátima está em condições de revelar que o autor é outro. Trata-se do historiador Fernando Rosas, desejoso de voltar ao ambiente bucólico do Portugal rural do entre-guerras, cenário onde decorre o seu próximo ensaio de investigação, designado "Consequências do metano dos flatos das vacas no efeito da estufa onde a D. Maria cultivava as couvinhas do senhor Doutor Oliveira Salazar".
E a empatia entre o autor e o seu objecto de estudo está bem patente na foto seguinte, tirada durante o intervalo do trabalho de campo.



Atente-se na delicadeza com que o animal apoia a cabeça no dorso do bicho... Estamos perante um raro momento de poesia! Quem, depois disto, terá coragem de voltar a participar num rodeo??!!

E assim vai o país prófundo!

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