sábado, 3 de outubro de 2009

CANAL DE HISTÓRIA PROFUNDA - A TRAGÉDIA DO TI ANIC



O Ti Anic era o orgulho da frota do PSD. Aliás, o Ti Anic era A frota do PSD!




Concebido pelo Engenheiro Naval Francis Balse Hand e comandado pelo Capitão de Terra e Paz Hannibal Silva, estava registado em Loulé, apesar de ter sido construído nos estaleiros navais da gasolineira de Poço de Boliqueime, mais tarde Fonte de Boliqueime, mais tarde Boliqueime e futuramente Nova Boliqueime.
Hasteando pavilhão das ilhas Caimão (uma oferta do Almirante Days Laurel-Tree), movia-se lesto sobre as águas com a elegância de um Santana Lopes nas pistas de dança.

A sua viagem inaugural estava agendada para zarpar das Europeias a 16 de Julho e atracar nas autárquicas a 11 de Outubro.
A sua lotação rapidamente esgotou e não admira, já que o Ti Anic oferecia alojamentos para todos os gostos: Uma 1ª classe luxuosa, ocupada na sua totalidade por barões, baronesas, pachecos pereiras e outras eminências pardas do PSD; Uma 2ª classe rapidamente ocupada por autarcas, dirigentes distritais, dirigentes desportivos, assessores presidenciais, jornalistas despedidas e outras personagens do jet 6 nacional ligadas ao PSD; uma 3ª classe onde se amontoavem TSDs, militantes de base habituados a viverem aos 25 em cada casa, analistas políticos e outras prostitutas e muitos ratos de porão.

A viagem ia correndo bem, suplantando as expectativas dos armadores, o que até motivou o aparecimento de alguns "casos amorosos" mais ou menos assumidos entre passageiros e tripulação.



Mas a tragédia abater-se-ia sobre tanta felicidade.

A 27 de Setembro, à passagem do Cabo das Legislativas, o Ti Anic embateu num Iceberg rosado e afundou-se em pouco tempo.



O seu comandante, após fazer uma comunicação por rádio, na qual afirmou ter detectado vulnerabilidades no casco do navio e após ter dado a sua opinião pessoal  sobre como os passageiros se deviam comportar no naufrágio, foi o primeiro a saltar, aos gritos de "Abandonem o barco. Eu primeiro porque já tenho experiência. Depois as mulheres, com a Matriarca e a Zita à frente. Depois as crianças da JSD! O Pacheco Pereira e o Rangel podem saltar no fim porque flutuam!"
Curiosamente nem os ratos quiseram partilhar o seu bote.

No posterior inquérito, insistiu em que tinha a certeza de ter sido escutado, apesar de nenhuma embarcação ter vindo em seu socorro.
Em perfeito delírio, desculpável pela grande quantidade de água do mar que bebeu para ajudar a "empurrar" os oito bolos-rei da raçãode emergência do bote, jurou ter sido sobrevoado várias vezes por uma gaivota a soldo do Almirantado!

Os restantes sobreviventes foram socorridos por outras embarcações que por ali passavam, nomeadamente pelo destroyer PP e pelo batelão CDU. O lugre BE, alegando que o seu programa proibe qualquer tipo de pesca, mesmo de náufragos, não acolheu ninguém, limitando-se a atirar para os botes uns pacotes de ervas aromáticas e fotos da Joana  Amaral Dias para ajudar os náufragos a passar o tempo.

E assim o sonho de hegemonia dos mares da Armada (ao pingarelho) Laranja foi, literalmente, por água abaixo.




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