quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Medicina eleitoral

Esta campanha eleitoral, ao contrário do que dizem 0s comentaristas e paineleiros dos fóruns e prós&contras que por aí proliferam, já trouxe algo de muito importante ao nosso dia-a-dia, ao provocar a emergência de uma nova disciplina médica que poderá muito bem chamar-se de "Pneumologia Política".
Tudo começou com o proliferar de artigos sobre uma patologia aparentemente viral a que alguns convencionaram baptizar de "asfixia política". Conhece-se mal esta doença mas deve ser tipo virose e de cura rápida pois os cientistas do Hospital da Lapa que afirmam ter isolado o vírus não conseguem apresentar provas científicas da sua existência.
Em contrapartida foram recentemente identificadas mais algumas patologias, essas sim bem reais.
É o caso da "asma demagógica", popularmente designada por "gosma laranja". Caracteriza-se por um hálito a bafio, lapsos de memória que cobrem períodos mais ou menos longos, consoante o número de anos que o paciente esteve no poder, ataques de medo irracional de TGV, também de TVG (o que quer que isso seja) e provavelmente de VGT, VTG e GVT, crises de desnorte em que os pacientes tendem a vaguear, com comportamentos erráticos, entre o Museu dos Coches e o CCB e um ódio compulsivo e doentio a filósofos gregos.
Ele há também a bronquite comunista, caracterizada por um comportamento bronco (daí o nome) nomeadamente associado a exposições prolongadas a agentes potenciadores do bronquismo, como as festas do Avante, o teatro de revista da Odete Santos ou as manifestações do Mário Nogueira. A auscultação revela um sopro no coração ao ritmo de "Vasco Voltará!". As opiniões científicas sobre esta patologia dividem-se. Há quem ache que não deveria ser tratada pela Pneumologia Política mas sim pela Gerontologia.
Temos ainda a Bestose Lateral Direita (não confundir com a asbestose). Pode muitas vezes evoluir, ou mesmo aparecer associada, leia-se coligada, com a asma demagógica, o que torna o seu diagnóstico mais difícil. No essencial caracteriza-se por um comportamento bestial, nomeadamente em ambientes específicos, como mercados e feiras, um branquemento excessivo dos dentes, e uma atracção compulsiva por fardas, sejam elas de polícia, 2º grumete, cabo da GNR, bombeiro municipal, fiscal da EMEL ou porteiro do Ritz do Parque Eduardo VII.
Temos ainda o Pneumotórax Bloqueante. Caracteriza-se por um ódio compulsivo aos rodeos, o recurso frequente a substâncias adictivas como a Marisa Matias, comportamentos bipolares do género "Viva o Portas! Abaixo o Portas!" Estes pacientes costumam ser exímios bailarinos de danças de salão, nomeadamente do Che Che Che. Alguns têm os pés pequeninos. A doença ataca sobretudo pessoas da classe média alta e o Fernando Rosas. Por vezes provoca crises de choro... pelo menos o António Chora.
O quadro patológico não ficaria completo sem uma referência ao síndroma Amaral Dias. É uma patologia misteriosa da qual apenas se pode dizer com segurança que tira o fôlego a muita gente.
A emergência desta nova especialidade médica está igualmente a provocar uma guerra surda para a liderança do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos. Aparentemente Marcelo Rebelo de Sousa aparece mais bem colocado nas sondagens à boca das urnas. No entanto Pacheco Pereira aparece bem colocado numa sondagem à Boca do Inferno, Manuela Moura Guedes numa sondagem à booooooca dela e Maradona numa sondagem à Boca Juniors.
E assim vai o país prófundo!!!

1 comentário:

Unknown disse...

Já agora uma achega... quanto ao TGV español (AVE) eles estão a convidar os portuguesitos para ir dar umas voltas. PERGUNTO: Porque será????????